14 maio, 2008

Um ano sem Marinês


Há um ano, a cultura pernambucana perdia uma de suas maiores representantes. O forró perdia a sua rainha. Há um ano a cantora Marinês deixava triste os seus fãs e admiradores.


A cantora morreu na manhã de segunda-feira, 14 de maio de 2007, no Hospital Português, no Recife, onde estava internada havia uma semana se recuperando de um acidente vascular cerebral (AVC). Ela morreu, aos 71 anos, após sofrer um segundo AVC, durante a madrugada, que lhe causou morte cerebral. O coração parou de bater por volta das 9h45.

Marinês vinha respondendo bem ao tratamento. No domingo, recebeu visita de vários familiares e amigos, inclusive o cantor Genival Lacerda. Às 3h da madrugada de segunda (14), ela sofreu um novo AVC, desta vez hemorrágico, e entrou em coma profundo.

O corpo da cantora pernambucana Marinês foi enterrado no cemitério Campo Santo Parque da Paz, em Campina Grande, na Paraíba, na manhã da terça-feira (15). O velório foi realizado no Teatro Municipal da cidade paraibana, com a visitação de parentes, amigos e fãs.

Biografia

Natural de São Vicente Férrer (PE), Inês Caetano de Oliveira se consagrou como rainha do forró com o grupo Marinês e Sua Gente. Radicada na Paraíba, a música sempre fez parte da vida da família, uma vez que o pai dela era seresteiro e a mãe, cantora de igreja. Quando participou de um programa de calouros numa rádio, acrescentou o Maria ao nome, para que seus pais não percebessem.

O locutor, ao anunciá-la, chamou Marinês, nome que ela acabou adotando. Nos anos 50, junto com o marido, o sanfoneiro Abdias, e o zabumbeiro Cacau, formou a Patrulha de Choque do Rei do Baião, tocando nas cidades onde Luiz Gonzaga iria se apresentar, funcionando como uma espécie de palhinha dos shows do Rei do Baião. Em 1956, gravou o primeiro disco, já como Marinês e sua Gente.
No ano seguinte, acompanhou Luiz Gonzaga no Rio de Janeiro, se apresentando em programas de rádio. "Pisa na fulô" e "Peba na pimenta" foram alguns dos sucessos lançados pela cantora, que teve intensa produção até a separação de Abdias, na década de 80. Sua discografia contabiliza cerca de 30 discos.

Da Redação da TV Asa Branca

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