31 julho, 2007

Mídia, Juventude e Apoio

Desde os primórdios, as pessoas sentem a necessidade de ter acesso livre à informação, que por muitas vezes é podado pelos grandes interesses, e dessa forma tanto o recebimento quanto a participação nas relações de recebimento dessa informação torna-se falho e na maioria dos casos inexistente.

Várias experiências onde houve uma participação efetiva da juventude como participante ativa no processo informativo, notou-se uma evolução do que se chama de mídia de proximidade. Projetos que vão desde rádios comunitárias de verdade até jornais de bairros feitos por jovens, mostra que é possível, contanto que haja um incentivo, mínimo que seja.

Exemplo disso é o jornal santa-cruzense Correio Universitário, editado por jovens estudantes de comunicação social, um jornal sério, que diversas vezes passa por crises financeiras, que atrasam as edições e diversas vezes ameaça o jornal que já tem três anos de existência de fechar, isso por que os participantes tem que ir atrás de anunciantes, que a cada vez se interessam menos pelo impresso. Esse interesse faz sentido, pois vivemos uma política de espetacularização da notícia, é mais viável anunciar num jornal sensacionalista, ou num programa radiofônico que instigue a violência, do que num jornal que, até agora, não teve notícia plantada ou matéria vendida.

Deveria haver um maior investimento em impressos desse tipo, para que dessa forma, essa experiência se ampliasse e atingisse as escolas, bairros e dessa forma o monopólio da informação seria quebrado, dessa forma a juventude teria um maior aceso na produção da notícia, com isso se formariam cidadãos mais competentes em suas criticas e cobranças.


A pergunta que fica no ar é a seguinte, os governantes querem uma juventude critica e que tenha embasamento para cobrar?

Hoje se nota que o futuro da comunicação está na comunidade, trata-se de falar para a comunidade da forma que eles se comunicam em seu convívio. Notadamente os meios de comunicação não estão preparados para uma maior interação com a juventude, que por sua vez se distancia da informação, vagam pelos bares, disputas de sons, isso não porque amam, e sim por ser apenas o que têm.