17 fevereiro, 2008

Jarbas ao JC: "Encontrei um PE desacreditado e falido"


JC – Que avaliação o senhor faz do primeiro ano do governo Eduardo Campos (PSB), em que ainda se atribui muitos dos problemas às gestões anteriores?

JARBAS VASCONCELOS – É um equívoco dele (Eduardo). Ele está imaginando que a opinião pública pode engolir isso. Por mais que ele repita isso, as pessoas sabem em que condições eu encontrei o Estado, em 99, e como ele encontrou em 2007. O povo não é bobo, pode até perder um pouco a memória, mas em via de regra tem noção das coisas. Essa coisa da herança maldita é apenas um expediente para tentar desqualificar o nosso governo. Ele encontrou o Estado organizado, não só na questão da infra-estrutura, mas na atração de investimentos. Ele tem dado seqüência a uma administração que encontrou. Essa é que a verdade. O que o governador está fazendo é dando continuidade à minha administração. Encontrou um Estado estruturado e tem que continuar isso. Por que é que Suape hoje está se preparando para novos investimentos como a refinaria, o pólo de poliéster e o estaleiro? Ele pegou o Estado arrumado e esquece que nós pegamos um Estado em que tivemos que pagar três folhas de pagamento. Ele vai para o interior, todo instante, para falar em herança maldita, e não estabelece nenhuma comparação com o Estado que eu encontrei, que ele deixou, porque era secretário da Fazenda. É só ver como estavam as contas do Estado, quando Mendonça passou o governo para ele, e como eu o recebi. Eu sequer recebi o governo das mãos de doutor Miguel Arraes. Encontrei um Estado decadente, desacreditado e falido. A área de segurança era um horror. Nem dinheiro para a gasolina das viaturas havia. Os policiais não tinham colete para ir às ruas. A gente fez um brutal investimento. Se não alcançamos resultados satisfatórios no combate à violência, mas os investimentos foram feitos, a modernização da polícia foi feita. Na saúde, passamos quase que todo o primeiro governo pagando os restos a pagar. Robalinho (Guilherme Robalinho, secretário da Saúde na ocasião) pode explicar isso a qualquer hora. Além dos dispêndios do nosso governo. Na educação, eram escolas caindo, algumas fechadas, sem bancas escolares, sem coisa nenhuma. Nós levantamos esse Estado, demos uma outra estrutura a ele. Suape é um lugar que o governador não tem ido muito, mas é um diferencial de Pernambuco hoje. Nunca tirei a contribuição dos outros governadores, todos que me antecederam tiveram uma parcela de responsabilidade e de empenho com relação a Suape, mas a gente elegeu Suape como prioridade. Por que ele agora deu ênfase a Pirapama e fez a adutora? Porque a gente fez a barragem. Uma barragem que estava orçada, inicialmente, em R$ 33 milhões e a gente fez com R$ 14 milhões. Se a barragem não tivesse sido feita por nós, não teria a adutora. Por que é que a Adutora do Oeste funciona, Jucazinho funcionou, que são obras do Dnocs, obras federais? Porque nós injetamos dinheiro. Só em Jucazinho nosso governo investiu R$ 27 milhões para que a água pudesse chegar em Caruaru e hoje está sendo levada para Bezerros e vai chegar até Gravatá. Sem falar nas estradas que recuperamos e as novas que construímos. A BR-232, a Estrada da Uva, a Estrada do Gesso. Então ele pegou um Estado estruturado, organizado e respeitado. Assim fica mais fácil administrar.

Blog do Magno

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