A alguns posts, coloquei um texto com o título, "Desistir é a resposta?", no qual me indagava se valia a pena perder noites de sono tentando manter o Correio Universitário, jornal que sou editor-chefe. Em alguns momentos penso em parar, muitos dizem que sou besta, perco meu tempo e não ganho dinheiro com isso. Essa visão é normal para quem não conhece a mídia de proximidade (Cecília Peruzzo).
Mas depois do que aconteceu hoje, me deu um ânimo, um sentimento de alegria e de convicção da existência da força da mídia de proximidade.
Mesmo atrasado, cheio de dificuldades, como a maioria dos objetos da mídia comunitária,conseguimos colocar mais uma edição do jornal Correio Universitário nas ruas, matérias diversas sobre política, cidades, cultura.
Nossa matéria de capa denuncia o descaso com a praça dos estudantes, como além de ser editor-chefe, diagramador, entrevistador, fotógrafo e revisor, também sou distribuidor, deixei algumas edições na Rádio Comunidade FM do Correio Universitário, onde foi lido algumas das manchetes e foi dada um ênfase especial para a matéria de capa, realizada pelos repórteres Melki Ferreira e Thonny Hill. Após ser lida no ar, muitas pessoas ligaram e interagiram com a matéria, pautaram parte do programa sobre isso, deslocaram um repórter para o local, apuraram, tiveram um aumento na audiência, e tudo isso por uma materia de 3800 caracteres, o interessante é que fico satisfeito com isso, acho que fico mais satisfeito do que ganhar dinheiro e ser um vendido sensacionalista.
O Correio pode ser um jornalzinho feito por estudantes, sem pretenssões de ser maior, de ser colorido, ou coisas assim, mas o jornalismo que fazemos é aquele comprometido com a a sociedade, com a comunidade, com a mídia de proximidade, coisas que são o básico e mais importante no jornalismo de primeira, e assim concluo que vale a pena persistir.